Sou uma pessoa optimista. Talvez não por natureza. Acho que aprendi a sê-lo. A esquecer, pelo menos tentar, o que me deixa triste, aborrecida, frustrada, zangada... Nem sempre é fácil. Nunca é instantâneo. Mas é melhor. Pelo menos para mim. Ao relativizar percebemos que afinal não é assim tão mau, que existe (infelizmente) muita gente que vive muito pior, atravessa situações muito mais dramáticas e vive verdadeiras tragédias. E depois de tudo isso, como por magia, afinal aquilo porque estamos a passar não é uma tragédia assim tão grande. Vendo bem nem é uma tragédia, nem sequer um drama, nem mesmo um problema. É um chatice. Aconteceu. Resolve-se.
Talvez por isso seja raro estar em modo "Hulk Smach!". Fico zangada, claro! Aborrecida, irritada, frustrada, triste, chateada o que quiserem. Mas furiosa, mesmo a a sério, é raro.
Na sexta-feira fiquei. Furiosa. Mesmo. Naquele momento, o próprio Hulk ao pé de mim pareceria um cachorrinho adorável e amoroso.
Isto tudo porque, ao chegar à escola da minha irmã ela me disse que duas colegas lhe tinham batido com os casacos. Na minha inocência e esperança de que todos são bons mas as vezes geram-se mal entendidos, perguntei-lhe se já tinha dito à professora. Ela disse que tinha dito a uma mas a outra não (há duas professoras na sala). Fui com ela para contar o que se tinha passado à outra professora. A professora que já sabia do assunto disse que já estava resolvido e que as meninas tinham pedido desculpa e não voltava a acontecer. Ok. Não ia estripar ninguém. Não fiquei agradada mas são coisas que acontecem e se estava resolvido...
A minha irmã, ao contrário de mim e do meu irmão que sempre frequentámos o ensino público, está numa instituição privada. Não somos ricos. Fazemos um grande esforço. Mas consideramos ser a melhor opção devido, principalmente, a uns incidentes em algumas escolas da nossa zona que se deviam, principalmente, a falta de vigilância e às situações, muito desagradáveis, que o meu irmão passou na escola primária.
No carro, conversa puxa conversa, e a princesa acabou por me dizer que quando a situação ocorreu na casa-de-banho, enquanto mudavam de roupa depois da aula de ballet e que estavam sozinhas. O que por si só não faz cair o mundo mas devido a outras situações anteriores me deixou pior do que estragada. Além disso quando lhe perguntei se nenhuma das amiguinhas tinha feito nada para a ajudar, ela ainda respondeu que uma das meninas mais velhas que tinha visto ainda se juntou à festa e resolveu puxar do casaco para lhe bater também. E pronto. Estava tudo estragado. Passei-me completamente. Quando lhe perguntei o que tinha feito ela disse que só lhes pediu para pararem e que não lhes bateu porque "os meninos não é para baterem uns aos outros".
Estava quase a chegar a casa mas voltei para trás para falar com a minha mãe (que tinha ficado a trabalhar) e ela foi logo à escola visto que eu estava no meu estado raivoso tipo dentes de fora e a espumar da boca.
Vão falar novamente com as "meninas" e espero mesmo que a situação não se repita.
Era visível que ela tinha ficado assustada e com medo que a situação se repetisse. É a pior sensação do mundo querermos proteger aqueles que amamos de tudo o que há de feio e mau no mundo e percebermos que não é possível.
Fico orgulhosa da minha irmã por não se envolver em brigas mas também penso que, em situações destas, tem mesmo é que se defender se não os outros miúdos acham que lhe podem fazer tudo.
No entanto, depois apercebo-me que não é ela que está mal. São os outros. São situações como esta que me fazem questionar que tipode falta de educação e exemplos têm miúdos com este tipo de comportamento
Talvez por isso seja raro estar em modo "Hulk Smach!". Fico zangada, claro! Aborrecida, irritada, frustrada, triste, chateada o que quiserem. Mas furiosa, mesmo a a sério, é raro.
Na sexta-feira fiquei. Furiosa. Mesmo. Naquele momento, o próprio Hulk ao pé de mim pareceria um cachorrinho adorável e amoroso.
Isto tudo porque, ao chegar à escola da minha irmã ela me disse que duas colegas lhe tinham batido com os casacos. Na minha inocência e esperança de que todos são bons mas as vezes geram-se mal entendidos, perguntei-lhe se já tinha dito à professora. Ela disse que tinha dito a uma mas a outra não (há duas professoras na sala). Fui com ela para contar o que se tinha passado à outra professora. A professora que já sabia do assunto disse que já estava resolvido e que as meninas tinham pedido desculpa e não voltava a acontecer. Ok. Não ia estripar ninguém. Não fiquei agradada mas são coisas que acontecem e se estava resolvido...
A minha irmã, ao contrário de mim e do meu irmão que sempre frequentámos o ensino público, está numa instituição privada. Não somos ricos. Fazemos um grande esforço. Mas consideramos ser a melhor opção devido, principalmente, a uns incidentes em algumas escolas da nossa zona que se deviam, principalmente, a falta de vigilância e às situações, muito desagradáveis, que o meu irmão passou na escola primária.
No carro, conversa puxa conversa, e a princesa acabou por me dizer que quando a situação ocorreu na casa-de-banho, enquanto mudavam de roupa depois da aula de ballet e que estavam sozinhas. O que por si só não faz cair o mundo mas devido a outras situações anteriores me deixou pior do que estragada. Além disso quando lhe perguntei se nenhuma das amiguinhas tinha feito nada para a ajudar, ela ainda respondeu que uma das meninas mais velhas que tinha visto ainda se juntou à festa e resolveu puxar do casaco para lhe bater também. E pronto. Estava tudo estragado. Passei-me completamente. Quando lhe perguntei o que tinha feito ela disse que só lhes pediu para pararem e que não lhes bateu porque "os meninos não é para baterem uns aos outros".
Estava quase a chegar a casa mas voltei para trás para falar com a minha mãe (que tinha ficado a trabalhar) e ela foi logo à escola visto que eu estava no meu estado raivoso tipo dentes de fora e a espumar da boca.
Vão falar novamente com as "meninas" e espero mesmo que a situação não se repita.
Era visível que ela tinha ficado assustada e com medo que a situação se repetisse. É a pior sensação do mundo querermos proteger aqueles que amamos de tudo o que há de feio e mau no mundo e percebermos que não é possível.
Fico orgulhosa da minha irmã por não se envolver em brigas mas também penso que, em situações destas, tem mesmo é que se defender se não os outros miúdos acham que lhe podem fazer tudo.
No entanto, depois apercebo-me que não é ela que está mal. São os outros. São situações como esta que me fazem questionar que tipo
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