A Caminho dos Óscares 2015: The Theory of Everything.

A Teoria de Tudo foi o filme escolhido para continuar a percorrer a lista de nomeados para as tão cobiçadas estatuetas douradas. Comecei sem grandes expectativas, mais pelo génio que é Hawking do que pelo filme em si, e confesso que nos primeiros minutos ponderei a hipótese de ter pela frente duas horas de um filme fraquinho. Não foi te todo o que aconteceu. A Teoria de Tudo não é um drama que explora a doença do protagonista e inspira pena. A Teoria de Tudo é uma história de amor, uma luta constante, uma prova da força humana mas, acima de tudo uma homenagem à vida.

Hawking devia ter ficado limitado. Devia ter vivido apenas dois anos. Mas assim que Jane escolheu lutar por ele, Hawking juntou-se à luta e juntos superaram o insuperável. É um filme com uma carga emocional forte, que nos leva a parar e a valorizar o mais simples dos gestos e tudo o que tomamos por garantido. Numa palavra? Inspirador.

Para além do seu potencial para vencedor na corrida ao título de "Melhor Filme" não posso deixar de destacar a versatilidade, emoção e capacidade de representação de Eddie Redmayne. Quando vi o filme não vi o menino tímido de Os Pilares da Terra, nem o revolucionário apaixonado de Os Miseráveis, nem sequer vi o Eddie Redmayne. Vi o Stephen Hawking. E para mim um excelente actor é aquele que consegue sobrepor o papel que está a interpretar naquele instante a todos os anteriores, por mais marcantes que tenham sido. 

Classificação Encantada: 8.5

Classificação IMDb: 7.8