Depois de duas semanas no Algarve, em que fizemos tudo menos dormir, planeámos descansar durante os dois dias que iríamos estar em Bragança. Planeámos. Obviamente, não aconteceu. Depois de algum passeio e noites mal dormidas decidimos que seria extremamente engraçado acordar às cinco da manhã e partir para Salamanca. Uma ideia brilhante... em teoria.
Acho que nunca, em momento algum dos meus 24 anos, tive tanto sono. O Charming foi a conduzir, como na maioria das vezes, e parecia uma toupeira a esforçar-se para manter os olhos abertos. Pensámos em parar cerca de 45674579 vezes mas, vá-se lá saber, deixávamos sempre passar a saída.
Depois de quase 3 horas de caminho - que pareceram intermináveis - chegámos a Salamanca e o meu primeiro pensamento foi: "Mas que bela merda! Porque é que não fiquei a dormir?!". Neste instante passaram-me mais mil e uma coisas pela cabeça: que a road trip ia ser um desastre, que o dinheiro tinha sido mal gasto, que mais valia ter ficado em casa... Enfim, tudo passou assim que nos começamos a aproximar do centro histórico.
Um polícia super simpático indicou-nos como poderíamos chegar ao nosso hotel e autorizou-nos a deixar o carro mal estacionado para retirar as malas. E, digo-vos, assim que cheguei ao fim daquele rua e entrei na Plaza Mayor... foi esse o momento em que me apaixonei por Salamanca.
Ficámos no Los Angeles Plaza, na Plaza Mayor e fiquei bastante satisfeita com a relação localização/preço.
Deixámos as malas e decidimos tomar o pequeno-almoço para partir à descoberta o mais rapidamente possível.
De barriguinha cheia - pudera, depois de dois pequenos-almoços! - atravessámos a Plaza Mayor de mapa na mão. E tenho a dizer: Salamanca é linda!
Primeira paragem: Universidade Pontífice de Salamanca com subida às torres. Fundada em 1940, a Universidade Pontífice de Salamanca é uma universidade católica privada que, atualmente, conta com campus em Salamanca, Madrid e Jerusalém. É uma paragem obrigatória em Salamanca e, a subida até às torres, por mais que vão amaldiçoar cada um dos degraus, proporciona uma vista mágica sobre a cidade.
Descemos e seguimos para a Casa de las Conchas. Ir a Salamanca e não visitar a Casa de las Conchas deve ser o equivalente a ir a Roma e não ver o Papa. Não se preocupem com custos, a entrada é gratuita.
Um polícia super simpático indicou-nos como poderíamos chegar ao nosso hotel e autorizou-nos a deixar o carro mal estacionado para retirar as malas. E, digo-vos, assim que cheguei ao fim daquele rua e entrei na Plaza Mayor... foi esse o momento em que me apaixonei por Salamanca.
Ficámos no Los Angeles Plaza, na Plaza Mayor e fiquei bastante satisfeita com a relação localização/preço.
Deixámos as malas e decidimos tomar o pequeno-almoço para partir à descoberta o mais rapidamente possível.
A Plaza começava a ganhar vida mas ainda poucos locais se encontravam abertos, Acabámos por escolher La Tahona De La Abuela, uma decoração clean conjugada com a preservação de alguns detalhes antigos do edifício (como podem ver em uma das paredes da foto acima). Mais do que a comida, tenho a recomendar uma ida à casa-de-banho. Sim, à casa de banho. Ora, vejam:
Há para o menino e para a menina. Aqui ninguém é discriminado.
Depois de o meu fascínio e, por mais encantadoras que fossem as casas de banho, decidimos continuar. Localizámos o posto de turismo, fomos buscar um mapa todo catita e achamos boa ideia planear o roteiro numa pizzaria. Nós fizemos mais que comer, juro!



Continuámos e deambulámos pelas ruas de Toro e Zamora. Por mais monumentos e pontos de interesse que existam gosto de me perder e deambular sem destino, enquanto observo a cidade e os seus habitantes.
Chegámos à Plaza de Anaya, o Palácio de Anaya estava fechado e a fila para a Catedral era tão grande que decidimos adiar a visita. Fomos em direção à Universidade de Salamanca mas acabámos por não entrar por considerar o preço excessivo - quando se tem um orçamento mais ou menos definido à que fazer opções - e decidimos almoçar ali perto para voltar à Catedral depois de almoço.
A paella estava boa mas o rabo de touro estava simplesmente divinal!
A Catedral de Salamanca é, na realidade, composta por duas catedrais, a Catedral Nova e a Catedral Velha. A Catedral Velha data do século XII e XIII e a entrada é feita pela Catedral Nova. E aqui, preparem-se meus amigos, preparem-se para dar ao chinelo e andar para caraças. A Catedral é enorme e tem imensas coisas para ver. Aproveitem.
O cansaço era mais que muito mas, como só tínhamos um dia em Salamanca, queríamos aproveitar ao máximo e continuámos a nossa peregrinação com um passeio até à beira rio. E que bem que soube!
E, quando regressávamos para o interior da cidade, descobrimos um verdadeiro oásis.
Visitámos ainda a Cueva de Salamanca, ou Cova do Diabo e, confesso, foi a única coisa que me desiludiu em Salamanca. Reza a lenda que era naquele local que o próprio Diabo ensinava magia negra. Esperava um local fantasmagórico e horripilante mas é bastante normal, apenas mal cuidada e com algum lixo.
!Salva turistas!
A Cueva de Salamanca tem uma entrada pequena, e quando passam do lado de fora, o gradeamento não chama a atenção e a sinalização é muito pobre. Estejam atentos! Ou vão subir e descer a rua várias vezes - como me aconteceu!
Depois de tanto passeio fomos ver pela primeira vez o nosso quarto - tínhamos deixado as malas na receção - e não resistimos a um duche e uma sesta afinal, estamos em Espanha. Acordámos e fomos até ao Cuzco Bodega. O conceito é bastante agradável, as tapas fora do vulgar e muito boas. No entanto, como não há bela sem senão, o espaço é minúsculo e enche rapidamente. Se quiserem sentar-se e aproveitar vão cedo e fiquem na esplanada, é óptimo para observar a vida na cidade.
O jantar no Cuzco Bodega foi simplesmente fantástico. Adoro tapas e o facto de me possibilitar provar diferentes sabores.
Praticamente vencidos pelo cansaço mas ainda a querer mais, decidimos dar um último passeio pela cidade visto que iríamos partir no dia seguinte e, sorte das sortes, ainda vimos uma atuação da Tuna na Plaza Mayor. E valeu tanto a pena! São estes momentos completamente aleatórios e tão típicos que transformam viagens em memórias.
A vista da janela do nosso quarto. Impossível não ficar apaixonado.
!Salva turistas!
A zona histórica é uma zona pedestre e é proibida a circulação de veículos, uma vantagem na minha opinião. Além disso todos os monumentos e pontos de interesse são facilmente alcançáveis a pé. Atenção, vão ter de andar mas, com a proximidade que existe entre todos os pontos de interesse, é uma caminhada extremamente agradável.
Mais sobre Salamanca:
ROAD TRIP 2016 | Papizza
Mais sobre a Road Trip:
Adorooo! Já lá estive e adorei!
ResponderEliminarHá cerca de 2 anos visitei Salamanca com os meus pais e gostei muito :)
ResponderEliminarNão visitamos muitos monumentos porque a ida-vinda era no mesmo dia e o orçamento pequeno, mas o que vimos era tudo tão lindo :)
https://mundodablue.blogspot.pt/